“A educação deve favorecer a aptidão natural da mente em formular e resolver problemas essenciais e, de forma correlata, estimular o uso total da inteligência geral. Este uso total pede o livre exercício da curiosidade, a faculdade mais expandida e a mais viva durante a infância e a adolescência, que com freqüência a instrução extingue e que, ao contrário, se trata de estimular ou, caso esteja adormecida, de despertar.” (Morin, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2000)
A professora Rosemeire Tibúrcio da EMEB “Dolores Garcia Paschoalin” entendeu bem o que disse Morin. Isso é possível notar pela atividade realizada com sua turma do 2º ano A, no dia 13/05/2011, utilizando o material do Programa Ler e Escrever – Livro do aluno, página 23 – Reescrita e produção de novas versões para Cantigas Populares.
Após a leitura do alfabeto, a professora fez a apresentação e leitura da cantiga do dia "Boi da cara preta";
Leitura compartilhada e reescrita da cantiga;
Em seguida, dividiu a turma em duplas organizadas de forma"produtiva" quanto as hipóteses de leitura, com base nas sondagens realizadas anteriormente;Cada dupla montou trechos da cantiga na mesa, utilizando as letras móveis, e juntou com os trechos da outra dupla, registrando posteriormente o texto no caderno;
Durante a atividade, as crianças puderam reconhecer a ordenação das frases, corrigindo os erros apontados pelos colegas;
A segunda parte constituiu-se de substituição das vogais por outras, dando ênfase à sonorização das letras e também na modificação de palavras finais de cada frase, em que as crianças atribuíam finais diferentes para compor rimas.
A atividade teve continuidade, mas o coordenador pedagógico da escola Wagner José dos Santos e a diretora Leda Pereira dos Santos, de antemão, parabenizam a professora Rosemeire pelo empenho e dedicação quanto ao trabalho realizado com os alunos.
E você gostou? Também tem uma experiência para dividir?
A importância da construção do conhecimento está na possibilidade da criança, nesse processo, também conhecer a si mesma, perceber sua capacidade, por em prática suas habilidades e desenvolver outras, no contato com o outro (professor, colega, texto...). Ao prepararmos atividades jamais devemos deixar de lado este aspecto. A criança aprende de si e do mundo. É necessário, pois, contextualizar, promover situações em que ela possa interagir e posicionar-se contra ou a favor. É necessário permitir que ela possa conhecer-se ao ser colocada diante de situações problema. Há que haver desafios, afinal de contas o mundo é um desafio.
